A Black Friday deixou de ser apenas uma data de descontos para se tornar o maior teste de desempenho e segurança do comércio eletrônico. Além de atrair consumidores com ofertas agressivas, o evento exige das empresas uma estrutura tecnológica capaz de lidar com picos extremos de acesso e transações sem comprometer a confiança do cliente.
Em um único dia, os sites de varejo chegam a registrar volumes de tráfego equivalentes a semanas inteiras de operação. Esse aumento repentino pressiona servidores, gateways de pagamento e sistemas de autenticação, ampliando o risco de lentidão, instabilidade e, principalmente, ataques cibernéticos.
Segundo a Neotrust, as vendas on-line durante o período da Black Friday de 2024 somaram R$ 9,38 bilhões entre quinta e domingo. Ao mesmo tempo, o Brasil figurou entre os dez países mais visados por criminosos virtuais, com 17,8 mil tentativas de fraude e cerca de R$ 27,6 milhões em golpes bloqueados, de acordo com dados da plataforma Hora a Hora. O recado é claro: vender muito também significa estar mais exposto.
Segurança digital: um fator decisivo nas vendas
Com o avanço do e-commerce, previsto para movimentar R$ 234,9 bilhões no Brasil até o fim de 2025, segundo a ABComm, a Black Friday passou a ter um papel estratégico. Hoje, ela é capaz de alavancar resultados de todo o ano ou causar perdas irreversíveis em questão de horas.
“Velocidade e confiança são essenciais para concretizar vendas. Qualquer lentidão no site ou desconfiança no ambiente de pagamento pode resultar na perda imediata do cliente”, explica o CEO da Conviso, Wagner Elias. O consumidor atual é impaciente e exigente. O prejuízo, portanto, não vem apenas dos ataques, mas da perda de credibilidade.
Onde estão as principais vulnerabilidades
Boa parte das brechas de segurança está escondida em áreas pouco visíveis. APIs expostas, subdomínios esquecidos e servidores desatualizados são alvos fáceis para criminosos digitais. Em muitos casos, as empresas ainda tratam a segurança como um selo visual. Na prática, ela precisa estar no núcleo da operação.
Para Elias, a proteção deve ser contínua e estratégica, baseada em três pilares: monitoramento constante, camadas de defesa ativas e atualização de sistemas. Nesse sentido, ferramentas confiáveis exercem papéis cruciais. Esperar o problema aparecer durante o evento é um erro estratégico. A preparação deve ser antecipada, com planos de contingência, monitoramento 24h e equipes prontas para reagir em minutos.
Investir em segurança é investir em conversão
Muitos varejistas ainda enxergam o investimento em segurança como um custo adicional. Contudo, um ambiente seguro gera confiança e aumenta as taxas de conversão. Além disso, falhas durante a Black Friday costumam ganhar grande visibilidade na imprensa e nas redes sociais. Um ataque, uma instabilidade ou uma fraude noticiada pode arranhar a reputação construída ao longo de anos.
Quatro medidas essenciais para proteger o seu e-commerce
De acordo com o especialista, a proteção digital deve acompanhar o mesmo ritmo de investimento em marketing e operações. Para isso, algumas práticas são consideradas essenciais:
- Utilizar plataformas seguras e certificadas, com criptografia avançada;
- Implementar autenticação em duas etapas;
- Treinar equipes de atendimento e suporte para reconhecer tentativas de fraude;
- Monitorar as transações em tempo real.
Essas medidas simples, quando aplicadas de forma sistemática, reduzem significativamente o risco de invasões durante períodos de alta demanda. Não basta ter o menor preço ou o frete mais rápido. O sucesso depende da estabilidade, da segurança e da credibilidade.
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