Processar pedidos de compras, emitir e enviar notas fiscais, processar ressarcimento de despesas e aprovar cadastros para abertura de contas bancárias, são processos feitos por pessoas e podem levar tempo. No entanto, tudo isso pode ser automatizado com o uso da tecnologia.
A urgência por digitalizar o RH
Nos últimos anos, tendo claro os benefícios da digitalização, houve uma grande evolução no setor de recursos humanos. “A redução do tempo no processamento das tarefas é perceptível. A análise de cadastro para abertura de contas bancárias, por exemplo, pode durar alguns dias, mas com a solução RPA (Robotic Process Automation), é feito em poucas horas”, explica o especialista em automação robótica de processos e CEO da Virtual Think, José Arthur Brasileiro.
A inteligência utiliza softwares para desempenhar atividades laborais feitas por humanos em ambientes virtuais. A chamada “força de trabalho digital” agiliza as demandas e, assim, contribui para o aumento de produtividade. “Além disso, a RPA confere mais segurança aos processos, ponto extremamente importante no contexto da Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD)”, completa o dirigente.
Para ele, a high tech pode ser aplicada a todas as companhias. “Ela permite reduzir os custos operacionais, melhorar eficiência corporativa, a entrega de produtos e serviços e, consequentemente, aumentar a receita de uma entidade”, enumera Brasileiro.
Sobretudo, essa tem sido uma realidade de todos. “Se até mesmo o papo no cafezinho precisou ir para o digital, imagine as tarefas burocráticas. Esse tem sido um desafio global. A rotina institucional será muito diferente daqui para a frente, misturando físico e virtual, remoto e presencial, para aproveitar melhor essas duas modalidades”, diz a gerente comercial da Assine Bem, Paula Sino.
Os retornos
Apontada como uma das mais fortes tendências tecnológicas por institutos como IDC e Forrester, a RPA é o segmento de crescimento mais rápido do mercado de software empresarial. Segundo pesquisa da Gartner, a receita global com projetos nesse sentido deve finalizar em US$ 1,89 bilhão em 2021, um aumento de 19,5% em relação ao ano anterior.
A solução é apontada como uma das principais inteligências e tendências para a transformação digital. “Isso acontece porque ela é simples de ser implementada, fácil de escalar, está em constante evolução e o retorno do investimento acontece em poucos meses”, expõe Brasileiro.
Sob o aspecto da gestão corporativa, esse engenho é um aliado das preocupações ESG (Environment, Social and Governance), pois otimiza o uso dos recursos, permitindo reduzir de forma significativa o uso de energia elétrica e de papéis. “É também uma importante ferramenta para o compliance porque dá muito mais segurança no uso e tratamento de dados pessoais”, finaliza o especialista.
Nesse mesmo sentido, a assinatura digital tem conquistado espaço. “Ela promove maior velocidade eliminando etapas, traz mais comodidade, é sustentável e ainda garante economia. Sobretudo, tem amparo legal e conta com a criptografia fechando a tramitação e atestando a não violação das informações”, complementa Paula. Além disso, a justiça determinou a não obrigatoriedade da Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira (ICP), ou seja, a certificação digital, tornando a validação da assinatura digital ainda mais protegida.
Outro fator positivo: boa parte do lucro não precisa mais ser gasto em papel, impressão, armazenamento de registros, cartório, motoboys ou Correios. Assim, todos esses custos são diminuídos em até 70%. Logo, a gestão de documentos e as rubricas on-line também potencializam a operação e conforme pesquisa da The International Association for Contract & Commercial Management (IACCM), podem melhorar a rentabilidade em até 9% da receita anual.
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