Já assistiu ou ouviu falar no “O Dilema das Redes” da Netflix? A popularização do documentário destaca aspectos negativos sobre os bastidores de grandes empresas do setor tecnológico. Contudo, essa história também tem questões positivas, pois esse segmento atua de forma ampla e há espaço para carreiras focadas em impactar afirmativamente a sociedade.
Faltam profissionais de tecnologia para atender as demandas do mercado
Segundo a pesquisa Hibou e da plataforma de dados Índico, por conta da imposição do home office devido à pandemia, 40% dos colaboradores estão usando ferramentas tecnológicas para manter as relações comerciais. Ou seja, essa nova realidade impulsionou muitos trabalhadores a se reinventarem de maneira digital, utilizando aplicativos de videoconferência e ferramentas on-line, por exemplo, para manter seus negócios ativos. Isso é, tendo a inovação e criatividade como fortes aliadas.
Com o propósito de oferecer mais autonomia e protagonismo aos usuários, a high tech surge como cúmplice. “No Brasil, cada vez mais trabalhadores da área de tecnologia têm buscado oportunidades e desafios com um propósito além de ‘fazer as pessoas clicarem em banners’”, comenta o tech lead da Kunumi, Thiago Alves.
Contudo, a divergência entre a disponibilidade de profissionais no Brasil e a demanda das organizações é gritante. No país há, atualmente, apenas dois milhões de graduados nas áreas de ciência, tecnologia, engenharia e matemática. Isso corresponde a 1,9% da força de trabalho, segundo dados da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico. Ainda, de acordo com estimativas da Brasscom, de 2019 a 2024 a demanda será de 70 mil especialistas ao ano, porém há um déficit de indivíduos no setor até 2024.
Cada vez mais adeptos da transformação digital
Para a gerente comercial da Assine Bem, Paula Sino, um exemplo dessa realidade são os próprios gestores. Antes do isolamento eram receosos com o uso do universo virtual, mas, hoje, dadas as circunstâncias, tiveram de se adaptar a ele. “Apesar da facilidade, alguns empresários ainda optavam por solicitar a assinatura manual de alguns arquivos, por exemplo, elevando seu custo. Contudo, o uso da assinatura digital é uma de suas primeiras escolhas, atualmente”, analisa.
Nesse sentido, a transformação digital virou uma expressão-chave nas reflexões sobre o futuro das companhias e já é o assunto principal em 2021. Implementar novos processos, ferramentas mais rápidas e eficientes, meios de comunicação ágeis e instantâneos para atender o cliente cada vez mais rápido, e com um serviço melhor, já é algo natural.
Por essa razão, deve crescer a procura por experts dessa esfera, bem como, desenvolvedores de software e aplicativo, especialistas em transformação e marketing digital. Sendo assim, surgem também conhecedores de automação e seguridade da informação como reflexo da aceleração da digitalização e ressurgimento dos riscos cibernéticos.
Diante desse cenário disruptivo, nunca foi tão necessário acompanhar as tendências do mercado para planejar e se preparar para o futuro. “Contudo, muitos líderes ainda não reconhecem os ganhos de eficiência e segurança prometidos pela automatização de serviços. Todavia, fugir disso pode sim representar o fim de uma corporação. Então, o primeiro passo é não resistir às mudanças, pois elas são importantes para o amadurecimento tanto da entidade, como pessoal”, finaliza Paula.
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